O surgimento da linguagem na espécie humana é um dos fatores que mais diferencia o homem do animal inferior. Esta diferença é determinada, fundamentalmente, pelo fato de que somente o homem pode se apropriar da experiência acumulada pela espécie humana no decurso da história.
A linguagem simbólica implica num sistema de signos e símbolos, de significantes e significados capazes de designar características, ações, relações e propriedades aos objetos. Assim, no caso da criança nos seus primeiros anos de vida (período sensório-motor), o que se verifica é uma fala sem pensamento e uma comunicação sem linguagem. No homem, é graças a presença da imagem mental que se torna possível , a partir de uma certa fase, a substituição do objeto pelo seu representante num sistema simbólico da linguagem. A partir do momento em que a inteligência se articula com a linguagem, as possibilidades intelectuais passam a crescer em uma progressão geométrica.
Ao utilizar a linguagem, a criança duplica o seu mundo, passando a representar os objetos através das palavras. É através da palavra que o homem se apropria da experiência acumulada dos outros homens, não precisando vivenciar , ele mesmo, todas as situações.
Através da palavra, o homem se torna capaz de analisar os objetos, abstraindo e generalizando as suas características, assim como introduz em um sistema de relações com outros objetos.
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